1/13/2011

FIM DO MUNDO

O mal se encontra em cada um, em cada coração, assim como o bem. É necessário que uns experimentem mais um lado do que o outro, para que no todo, permaneça-se o equilíbrio. Somos, sem dúvida, uma minúscula partícula no universo, talvez um verme dentro de um grande organismo inteligente (quem sabe outro tipo de ser humano, isso não importa), mas teimamos em inventar razões espirituais para nossas ações. Criamos modelos, formas, comprovações de todo tipo, Deuses, planetas, tudo e todos com uma dimensão inversamente proporcional a nossa ignorância. Preocupamos-nos tanto por tão pouco. Buscamos caminhos invisíveis, sentimentos soltos, largados de nós mesmos, quando o caminho é tão simples, tão tangível, tão exeqüível, tão humanamente factível. Nossa ignorância nos aterroriza porque tememos, em razão da nossa fraqueza, nosso futuro e acabamos por viver numa intensa e irracional busca da eternidade. Ora vamos viver consciente da morte e da necessidade de se viver bem esse pequeno espaço de tempo, de pouco mais de setenta ou oitenta anos. Seja qual for a sua crença, ela não mudará este fato, quem sabe, lá muito distante alguém ou algo não esteja nos imaginado seus deuses, sua esperança de futuro? Não sou filósofo, cientista, sou apenas um ser humano que acredita podeR viver seu tempo, em harmonia com seus pares, equilibrando-se entre o que crê e o que teme. De resto, imaginação serve mesmo é para sonhar e poetizar o improvável ou amenizar nossos próprios erros, e convenhamos, somos bastante criativos.