UM RECADO NADA ACANHADO

Eu quero dizer a você o que penso de forma objetiva,
Não quero uma poesia ou poema como meu mensageiro,
Apenas dizer simplesmente o que meu coração ordena,
Buscando enxergar o que o teu coração guarda de mim.
O que eu quero é tão simples que parece não existir,
Carinho em meus gestos tanto quanto teu lindo sorriso.
É como brincar feito criança de “bandido e mocinho”,
Viajar por todo o mundo, de cá pra lá, apenas num olhar,
cantarolar a sua música preferida em teus ouvidos,
Ignorando a voz que falha a cada agudo desafinado.
Esse amor que nada pede se não tua presença feminina,
Linda, engraçada, carinhosa, brigona, meiga e namorada,
Valente, ciumenta, forte, frágil, decidida e envergonhada.
Eu quero dizer a você o que penso, mas sem pensar o que dizer,
Nada rebuscado, um desabafo solto, livre e verdadeiro,
Um poeminha de menino vadio, esperto e bagunceiro.
Algo que entre em teu pensamento e fique na lembrança,
Permaneça como leitura de diário, certa e espontânea,
Que seja para sempre, diariamente, nunca momentânea.
Mas eu também quero alguma coisa com muita malícia,
Além de criança esperta, quero um belo corpo e alma feminina,
Que deixe a criança brincar de mãe preparando outro filho.
Que além de dar a língua no ar saiba usa-la como gata no cio.