Ser poeta é copiar-se por inteiro,
Enquanto um canta outro chora.
Ser poeta é rezar em um puteiro,
Para ajeitar o inferno onde mora.
É Intentar contra valores nobres,
Internando-se na loucura da vida.
Prosear pernosticidades esnobes,
Esfregando sua língua na ferida.
Ser poeta algo assim indiferente,
Quando te dizem santo pela frente,
Mas é cair na tentação da amante,
Fazendo-se honesto por implante.
Ser homem e poeta a vida insiste,
De ambos pode-se esperar a dor,
Seja ela por acaso, seja, como for,
Perfeito simplesmente não existe.
Do poeta a prostituta é sua musa,
Descansa toda bela sua presença,
Seja labor, ou na sua casa, intrusa,
Seja feliz se dirá como sentença.
Mas ser poeta é torna-se sonho,
Dessas carências do vulto alheio.
Ser um amor sem se ter o esteio,
Então meu verso, sei onde ponho.
Quem ousa cobrar essa realidade,
Empunhando um espelho em riste,
Não sabe da tua própria verdade,
Torna-se, oh! uma dona e insiste.
Meu medo e acreditar num sonho forçado.
Muito bonito, como você escreve bem.
ResponderExcluirUm bom texto de um ótimo escritor. Muito legal seu blog.
ResponderExcluirMeu lindinho, parabéns pelo seu blog. Desejo ainda mais sucesso para vc...nunca pare sua arte encanta !!! beijos
ResponderExcluirnao acredito ainda que so sonhei que comentei :(
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